Estava eu a deambular pelos corredores intermináveis da vida, na escuridão, o ar pesado e húmido... Os poucos reflexos de luz que atingiam o chão expunham os corpos de guerreiros do passado, que agora repousam, apenas ossos que outrora se envolviam da carne , sangue , e alma que os faziam lutar pelos seus ideais.
Ao abandono, sem forças para andar, rastejava em busca da saída, embora despido de qualquer réstia de esperança. A fé tinha já abandonado o meu corpo e em breve nem a mais pequena lufada de vida me sobraria.
Porém, eis que, como num deserto se vislumbra um oásis, eu vislumbrei um raio de luz tão forte que os meus olhos mal se conseguíam manter abertos. O calor podia ser sentido no meu rosto doente, e o meu corpo bebeu da luz e involuntariamente ergueu-se.
Durante uns segundos, e enquanto os olhos se adaptavam à luz, podiam ser ouvidos passos muitos leves ao fundo... Leves e celestiais. Um traje branco, que roçava no chão, um cinto feito com uma pequena corda, e um capuz branco tapavam o corpo desta entidade.
Ao aproximar-se, os passos não se tornavam mais pesados, como se a própria gravidade tivesse uma forma diferente de lidar com este Messias. Ao chegar, pousou a mão no meu ombro, e toda a minha fé voltou a encher o meu corpo. Senti-me no céu, e ajoelhei me aos pés do Messias.
Disse: "Obrigado meu Senhor!"
O Messias respondeu: "De nada, criança do mundo."
Perguntei: "Mas Senhor, quem sois?"
E o Messias respondeu surpreendentemente: "Sou o Mercury."
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É verdade, o Mercury tá de volta ao nosso local de estudo e vem com um novo look:
Pode ser descrito como: Sem abrigo, Eremita, ou Messias.
O novo look tocou no meu coração e senti a inspiração de escrever este texto indubitavelmente fascinante e merecedor de um qualquer globo de ouro ou pelo menos de lata.
Abraços e beijinhos para todos,
Criança do Mundo.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
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